Thursday, June 01, 2006


Aproveitando o ensejo, um dos meus tarbalhos de faculdade vira uma nova postagem. Desta vez é o perfil de uma pessoa muito queriada, presente e importante na minha vida: minha irmã Paula.

Paula Labanca, a “inha” da família, diminuta no tamanho, grandiosa na amizade, sempre mediana na escola, exemplar na faculdade, ama raves, chocolate, batata frita e sorvete de flocos. Detesta mentira, ficar sem internet, se sentir gorda e qualquer tipo de dependência, tanto dos outros em relação a ela e vice-versa. Chorona e invocada desde criança, quando mordia sua chupeta com cara de brava, era impossível, cresceu e continua estabanada e ainda mais alegre, seu pensamento é ágil, o que lhe proporciona respostas rápidas pra tudo, a menos quando fala de si. Phd em trabalhos voluntários, aprendiz no amor, possui fala doce, apressada e firme, comprovando sua agitação e segurança de pensamento. Prefere a dúvida de um talvez a certeza de um não. Um local não é o mesmo depois deste mini furacão chegar, traz impaciência, dinâmica, soluções práticas e alegria.
Com 23 anos é psicóloga e sócia de uma marca de bijuterias que utiliza palha e pedras brasileiras chamada Carregando Arte, ela nasceu em Ilha Grande, onde uma amiga de Paula, Mariana Castro também sócia da empresa e psicóloga, aprendeu com hippie o modo de se trabalhar as fibras. A arte, o papel social e a vontade de fazer peças diferentes das encontradas no mercado uniu as amigas. Então, com o auxilio da Prefeitura, elas ofereceram um curso desta técnica a 50 mulheres carentes de Itaguaí, interior do Rio de Janeiro. Hoje essas mulheres trabalham para a marca e possuem uma posição diferente na sociedade e nas suas casas, contribuindo para a renda da família. ”o que mais me chamou atenção foi a integração social que poderíamos fazer, já que além dar trabalho nós ensinamos uma profissão a essas mulheres” disse Paula. Mais do que isso, elas não apenas recebem as instruções e executam o trabalho, hoje criam por conta própria modelos lindos exclusivos. ”Nosso maior orgulho é ter mudado o rumo da vida dessas pessoas, e ver que deixaram de ser operárias para serem criadoras.”
Paula sempre esteve envolvida com varias atividades acadêmicas, se dividia entre estágio, monitorias, grupos de estudos, pesquisa e trabalhos voluntários como por exemplo Sonhar Acordado, projeto que ela conheceu através da Universidade Estácio de Sá, onde se adota por um dia, 4 crianças carentes: “Era muito bom passar o dia no parque com elas e ver o sorriso de cada uma”. Bastante reservada na sua vida pessoal, até nesta entrevista, evitou falar sobre o assunto, mas admitiu que toda a sua atenção sempre foi direcionada a essas atividades e hoje sente falta de um namorado: “gosto de ser independente e controlar as coisas, e isso é fácil quando não se trata de coração”.
Cultivar amizades é outra característica sua, suas amigas mais próximas são Mariana Castro, citada a cima, e Andreza Moraes, também psicóloga, as três se conheceram na faculdade e quando juntas, fazem todos a sua volta rirem muito, as piadinhas engraçadas ficam por conta da Paula. Quando questionadas sobre o maior defeito da amiga, as duas foram implacáveis e rápidas: a impaciência. Concordaram também que o companheirismo é o que mais admiram nela.
Possui hábitos alimentares bem restritos, se tornando uma pessoa difícil de agradar. Sua agitação é visível até na forma de falar. Segundo seu pai José Carlos, ela é assim desde bebê: “era muito chata e elétrica, não dormia mais de duas horas seguidas até os nove meses de idade e chorava sem parar!”.Ele é a pessoa que mais desperta o ciúme dela.
Por ser irmã caçula, é a mais mimada. É essencialmente carinhosa, mas principalmente com o avô de 85 anos, por quem tem uma forte admiração. As maiores brigas são entre mãe e filha, elas moram juntas. A discussão é sempre por causa do quarto desorganizado.
Sonha em se casar, ter filhos, mas diz que seu maior desejo é: “ser admirada pelo meu marido como uma mulher bem sucedida na profissão.”

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